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Método Mackenzie para lombalgia mecânica

O que o método McKenzie para lombalgia e cervicalgia?

O método MaKenzie envolve mais do que apenas exercícios

Muitas pessoas ouvem falar do método McKenzie na fisioterapia para tratar lombalgia e cervicalgia, mas não sabem exatamente quais são os objetivos do programa e nem quais são os seus exercícios.

A opinião comum é que o método McKenzie compreende uma série de exercícios que a pessoa pode realizar sozinha. Isso é verdade, mas o método McKenzie é um programa global de tratamento e estratégias de prevenção (incluindo exercícios) que são aplicados por um fisioterapeuta especializado na técnica.

Objetivo geral para curar problemas que causam dor nas costas

O método McKenzie foi desenvolvido em 1960 por Robin McKenzie, um fisioterapeuta da Nova Zelândia. Na sua pratica clínica, ele observou que a extensão da coluna poderia fornecer alivio da dor permitindo que os pacientes voltem para as suas atividades normais da vida diária.

De acordo com o método McKenzie, os exercícios usados para estender a coluna ajudam a “centralizar” a dor dos pacientes movendo-a das extremidades (braços ou pernas) para a coluna. A dor na coluna normalmente é mais tolerável do que nos braços e nas pernas. Segundo a sua teoria, a centralização da dor permite o tratamento da causa e não só dos sintomas.

O princípio central do método McKenzie é que o auto-cuidado e o auto-tratamento são eficientes para alívio da dor dos pacientes. As modalidades passivas – tais como calor, gelo, ultrasom, medicação ou agulhas (acupuntura) – não são usadas no tratamento.

O objetivo a longo prazo do método McKenzie é ensinar aos pacientes que sofrem de cervicalgia e/ou lombalgia como tratar a si mesmos e manejar sua própria dor através de exercícios e outras estratégias. Outros objetivos incluem:

  • Redução rápida da dor
  • Retorno da função nas atividades diárias
  • Minimizar o risco de recidiva da dor (evitar posturas e movimentos dolorosos)
  • Diminuir o número de retornos a especialistas em coluna

O deslocamento da dor das extremidades para as costas não ocorrerá em todos os pacientes. O método McKenzie foi designado para ajudar os pacientes a “centralizar” a dor. Porém, alguns pacientes como os que possuem estenose do canal vertebral ou osteoartrite na faceta articular, estendendo a coluna podem de fato aumentar a dor.

Avaliação e tratamento no Método McKenzie

Entre as muitas frustrações que os pacientes com dor na coluna sofrem, a falta de um tratamento uniforme e padronizado está no alto da lista. Especialmente para aqueles pacientes com sintomas duradouros de dor sub-aguda (entre seis e doze semanas) ou com duração maior que doze semanas (Lombalgia crônica), a abordagem é muito inconstante. O método McKenzie é eficaz para tratar a lombalgia, sendo então útil para estes pacientes com dor sub-aguda e crônica. Um dos benefícios do método McKenzie (ou terapia de McKenzie) é a padronização da avaliação e tratamento da lombalgia e/ou dor nas pernas (ciática). O método McKenzie não é simplesmente uma serie de exercícios; é definido como algoritmo que serve para classificar o problema na coluna para que o mesmo possa ser tratado de forma adequada.

O Método McKenzie é fundamentado em achar uma relação de causa e efeito entre as posições que o paciente usualmente assume assentado, em pé ou durante o movimento, e ocorrência da dor como conseqüência das mesmas. A abordagem terapêutica requer que o paciente execute uma série de movimentos e atividades que testam e indicam a resposta do paciente à dor. Essa informação é usada para desenvolver um protocolo de exercícios planejados com o objetivo de centralizar ou aliviar a dor.

Avaliação no Método McKenzie

Quando os pacientes com dor sentem-se melhores ou pioram em posições variadas ou diferentes, considera-se que há uma preferência direcional para os movimentos. A identificação desta preferência direcional define o tratamento pelo Método Mckenzie (indicado freqüentemente como diagnóstico mecânico). A direção dos movimentos que beneficiarão o paciente é aquela que leva á centralização da dor (em direção ao meio da coluna e ao pescoço), que geralmente é mais tolerável que a dor nas extremidades.

A avaliação correta ou diagnóstico mecânico é a chave para a prescrição de exercícios efetivos. Sem uma boa avaliação, a prescrição de exercícios é questionável. Ela consiste em colher a história do paciente e realizar o exame físico. Ambos são usados para medir o grau de incapacidade assim como identificar qualquer sinal vermelho que possa contra-indicar o tratamento baseado em exercícios (ex: fratura, tumor, infecção ou doença inflamatória sistêmica).

Durante o exame físico são realizados movimentos provocativos que ajudam a classificar o paciente e escolher a melhor estratégia para tratá-lo. Os movimentos devem aumentar ou diminuir os sintomas. Por exemplo, pede-se ao paciente para realizar uma e/ou repetidas flexões e extensões para frente e para trás. Esses movimentos devem ser feitos até o limite de sua amplitude e realizados de pé e deitado. Flexões laterais também devem ser executadas. Esses movimentos podem abolir os sintomas, identificar os que ocorrem somente em algumas posições ou fazer com que se tornem mais centrais ou periféricos. Uma vez que a preferência direcional seja identificada, o paciente é classificado e os exercícios específicos podem ser prescritos.

Classificações da Terapia pelo Método Mckenzie

O diagnóstico mecânico possui três classificações gerais de tratamento: Síndromes posturais, de disfunção ou de desarranjo. Cada classificação trata uma causa distinta de incapacidade. Existem também sub-classificações em cada grupo.

  • A síndrome postural é o resultado da manutenção prolongada de posições ou posturas que podem afetar as superfícies articulares, músculos ou tendões. A dor pode ser local e reproduzida ao final das amplitudes de movimento ou quando a postura incorreta é mantida durante algum tempo. Movimentos repetidos não alteram os sintomas nestes pacientes. Deve-se orientar o paciente na execução da postura incorreta provocativa seguida pela adoção da postura que alivia a dor. Isto o fará entender a causa do seu desconforto e conscientizá-lo a evitar a postura que leva à dor.
  • A Síndrome de disfunção implica uma variedade de encurtamentos adaptativos, além de cicatrizes e aderências no tecido conjuntivo causando desconforto. A disfunção pode ser intermitente ou crônica. Ela é marcada por uma limitação de movimento e dor ao final da amplitude de movimento. Ao se afastar desta, a dor diminui. O sucesso no tratamento leva tempo, pois o mesmo é focado na remodelação tecidual, o que requer atenção constante. A conscientização do paciente é vital para tratar esta síndrome, pois ele deve entender que a remodelação tecidual pode ser lenta e frequentemente desconfortável. Os exercícios prescritos objetivam desafiar qualquer adesão ou cicatriz tecidual que possa ter ocorrido.
  • A Síndrome do desarranjo é a classificação mais comum na prática clínica. É marcada pela sensibilidade a determinados movimentos e sua preferência por alguns padrões de movimento. Ao realizar certos movimentos como a flexão e/ou extensão (dobrando ou esticando o tronco), os sintomas (ex: lombalgia) tornam-se ainda mais centrais (ex: só nas região lombar) ou menos intensos. Não é incomum o paciente apresentar rápida redução dos sintomas já durante a avaliação. Isto significa que se o paciente sente dor na coxa direita, a dor migra centralmente para a nádega ou em alguns casos, pode ser completamente abolida. O tratamento para o paciente com esta síndrome, assim como para as outras síndromes, é diretamente guiado pela resposta a esses movimentos provocativos realizados na avaliação.

Nem todos os pacientes obtém sucesso quando tratados a partir do diagnóstico mecânico, mas defende-se que todos aqueles com cervicalgia e lombalgia se beneficiam da avaliação por este método. A falha em achar um componente mecânico para a dor do paciente é uma descoberta importante visto que isto pode ajudar a definir quais pacientes irão obter sucesso com o uso da técnica.

Referências:
Donelson, R.; Silva, G.; Murphy, K.: The centralization phenomenon: It usefullness in evaluating and treating referred pain. Spine, 1990;15:211-5.

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