Rua Padre Rolim 815

Santa Efigênia, Belo Horizonte/MG

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Rua Padre Rolim, 815 Sala 107 e 112

Santa Efigênia . Belo Horizonte . MG

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Seg à sex: 00:00 às 00:00

Fisioterapia após cirurgia minimamente invasiva na coluna

Muitas pessoas pensam que ao serem submetidas a uma cirurgia minimamente invasiva (especialmente aquelas que obtém um grande alívio da dor) a fisioterapia é desnecessária. Mas é muito importante uma boa função muscular após um procedimento na coluna para acelerar a recuperação e minimizar futuros problemas.

  • Usualmente a dor na coluna está associada ao descondicionamento físico. As pessoas podem ter consciência de sua fraqueza muscular, mas não entendem seu impacto negativo sobre a coluna e a função articular.
  • Mesmo em indivíduos com bom condicionamento físico, evidências mostram que fraqueza muscular localizada ocorre nos segmentos com problemas discais. Além disso, a fraqueza não irá necessariamente melhorar uma vez que os problemas discais tenham sido tratados. Portanto, para tratar os pacientes, treinamento específico para a coluna é recomendado após qualquer procedimento cirúrgico.
  • É essencial estimular o retorno da função reeducando a postura, a mecânica corporal e a estabilização da coluna.

A fisioterapia maximiza os resultados a curto e longo prazo dos procedimentos minimamente invasivos na coluna reduzindo as chances de recidiva. Um exemplo de cirurgia minimamente invasiva na coluna é a microdiscectomia para uma hérnia de disco sintomática.

Controle dos sintomas

No caso de pacientes que apresentam dor residual e outros sintomas após cirurgias minimamente invasivas, pode-se usar várias estratégias para controlar a dor. O fisioterapeuta pode auxiliar na identificação de movimentos que aliviam a dor. A terapia manual pode ajudar na recuperação da movimentação ou de restrições musculares. O gelo e a estimulação elétrica são utilizados para o controle da dor. E é muito importante orientar os pacientes a evitar posturas que sobrecarreguem a coluna.

A má postura cria mecanismos desfavoráveis na coluna que tornam os indivíduos mais susceptíveis à lesão e degeneração. A reeducação postural ensina o paciente a proteger o disco através do alinhamento correto da coluna. A retificação da coluna pode ocorrer após a cirurgia e indica falha na função dos extensores da coluna. Na cirurgia minimamente invasiva, há menor possibilidade disto ocorrer pois, poucos músculos são acessados. Mas ainda assim a retificação pode ser resultado da atrofia associada à patologia discal. Discrepância significante dos membros, diferenças significantes no alinhamento pélvico ou postura escoliótica podem ser tratadas através de compensação e correção com treinamento muscular.

1. Fortalecimento

Atingir a musculatura profunda que sustenta a coluna

A estabilização segmentar da coluna é focada no tratamento da fraqueza localizada nos músculos profundos da coluna. Os procedimentos minimamente invasivos na coluna poupam a maioria destes músculos permitindo aos pacientes a recuperação da função máxima. As técnicas para estabilização segmentar são consideradas por muitos fisioterapeutas como parte essencial do programa de reabilitação especialmente na presença de patologia discal (ex: Hérnia de disco ou discopatia degenerativa).

Os dois grupos musculares que são recrutados primeiro são os multífidos e o transverso abdominal. Estudos mostram que há atraso na contração destes músculos em pacientes com lombalgia. Há evidências de atrofia do multífido no nível da hérnia de disco. Estes músculos podem ser retreinados e a sua recuperação não ocorre automaticamente após a resolução da patologia discal. Os grupos musculares maiores permitem a função sem ativar fortemente os estabilizadores. A deficiência na estabilização muscular na coluna pode contribuir para a freqüência de doença degenerativa discal observada na população geral.

O treinamento dos multífidos e do transverso abdominal requer concentração. Aparelhos de biofeedback podem ser úteis. O transverso abdominal é recrutado contraindo o abdome para dentro, criando uma pressão em direção à região lombar. Os pacientes podem ser instruídos a realizarem o mesmo movimento que fazem quando tentam abotoar um jeans apertado. O movimento pode também ser praticado criando uma pressão para baixo com a coluna lombar. Uma vez o paciente consiga contrair corretamente, ele deveria tentar manter a mesma pressão realizando movimentos variados com os braços e pernas, treinando os músculos a manter a estabilidade da coluna durante estes movimentos. O exercício pode ser ainda realizado de barriga para baixo puxando o abdome para longe do chão. Novamente, ao executar bem este movimento, são adicionados movimentos com os membros para aumentar o desafio.

O objetivo desse treinamento é oferecer prática e repetição suficientes para que a função destes músculos torne-se automática e ocorra durante todas as atividades e exercícios.

Treinamento de Força com exercícios de resistência

Após iniciar a estabilização da coluna, deve-se acrescentar treinamento com exercícios de resistência para melhora da função. Estudos sobre treinamento específico de força mostram a resolução de algumas patologias da coluna com o tratamento conservador.

2. Treinamento cardiovascular

A falta de força e resistência está relacionada à lombalgia. O descondicionamento físico ocorre rapidamente em indivíduos que praticavam atividades aeróbicas quando os mesmos se tornam inativos. A manifestação característica é a fadiga, o que provoca mais inatividade e cria uma espiral para baixo em muitos pacientes. Os níveis de oxigênio consumido, ou METs é um dos fatores físicos que melhor predizem o resultado bem sucedido de uma cirurgia lombar. Por isso, o paciente deve ser estimulado a fazer caminhada. Se esta é limitada pela dor ou por problemas articulares durante a descarga de peso, o fisioterapeuta deve ajudar o paciente a encontrar uma alternativa (ex: hidroterapia ou equipamentos para exercícios de baixo impacto). Aconselha-se a medir o progresso do paciente através dos muitos testes validados pela American College of Sports Medicine.

3. Recuperando a mobilidade e a flexibilidade

Alguns pacientes que queixam dor na perna (ciática) proveniente de hérnia de disco apresentam tensão excessiva no trajeto do nervo ciático, na face posterior da perna. Essa tensão deve ser eliminada com alongamentos específicos e leves e/ou mobilização tecidual. Tratar a mobilidade das várias áreas articulares atravessadas pelo trajeto do nervo pode ajudar a restaurar a excursão completa desta via. Por exemplo, na ciática, frequentemente ocorre o encurtamento dos músculos da panturrilha, dos ísquio-tibiais (flexores do joelho) e dos rotadores do quadril. As articulações do tornozelo, joelho e quadril podem ser tratadas de forma individual e global para diminuir a tensão nas estruturas ao redor.

Ainda que a cirurgia seja minimamente invasiva e tenha produzido alívio imediato da dor, esforço deve ser concentrado no recondicionamento físico através da fisioterapia. Este é um aspecto importante na recuperação do paciente. A melhora da força, da flexibilidade e do condicionamento aeróbico irão prevenir ou ao menos minimizar as chances de recidiva da dor na coluna ou na perna.

By: Carol M. McFarland, MS, PT, OCS
August 17,2007

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